Um clube que carrega consigo uma bela e peculiar história, mas que compartilha com clubes mundo afora as cores e até o nome. Este é o Boca Juniors, um dos gigantes do futebol argentino.
O Boca, em história teve como nome a junção do bairro onde surgiu (La Boca) e Juniors, em uma tentativa de glamourização, e cores em homenagem a um navio sueco que passava pela zona portuária (veja matéria completa).
A narrativa, única e que caracteriza o clube xeneize, foi incapaz, entretanto, de evitar o surgimento de homônimos mundo afora.
O primeiro deles é a Sociedade Boca Júnior de Futebol Clube, da cidade de Estância, Sergipe. Fundada em 1993 por Gilson Miguel, ainda como equipe amadora, teve seu nome motivado pela idolatria de seu fundador a craques do futebol argentino, como Maradona e Caniggia.
A admiração, inclusive, é tanta que Gilson posteriormente batizou seu filho de Riquelme, ídolo dos xeneizes. A ausência da letra "s", de acordo com o fundador, é para não perder as raízes brasileiras.
O clube se profissionalizou em 2004, figura ocasionalmente na elite do Campeonato Sergipano e, curiosamente, tem como maior rival o River de Estância, equipe que chegou à cidade em 2007 e mudou seu nome vislumbrando justamente o duelo.
Também brasileiro, o Minas Boca, de Sete Lagoas em Minas Gerais, foi fundado em 2011 ainda como Minas Futebol. O clube passou a se chamar Boca apenas em 2013, após ser adquirido pelo empresário Edson Paredão, assumidamente fã do Boca argentino.
"Tenho uma enorme admiração pelo Boca (da Argentina), já fui lá umas sete, oito vezes e sempre fui fã deles. Então, resolvi ir lá na CBF, paguei R$ 10 mil e mudei o nome da equipe. Em breve, seremos conhecidos como o Boca Mineiro", revelou Edson.
O clube já disputou a elite do Campeonato Mineiro, em 2014, atualmente figura em divisões inferiores do estado.
Outro clube homônimo do gigante sul-americano é o FC Boca Gibraltar, clube do pequeno território britânico situado ao sul da Espanha.
Fundada em 2012, a equipe alterna entre a elite e divisões inferiores locais, também teve a idolatria como motivo do nome.
Michael Podesta, ex-jogador e fundador do Boca Gibraltar, revelou que seu pai, Lawrence Podesta, também envolvido na criação do clube, amava Maradona e sempre foi fã do Boca Juniors. Lawrence, então, sugeriu tal nome.
Após a proposta, os fundadores do clube buscaram conhecer um pouco mais sobre a agremiação argentina e descobriram que o primeiro gol oficial da equipe foi anotado por Rafael Pratt, um gibraltino, fato que os fizeram ter certeza da escolha.
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