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O dia em que o Bayern de Munique se vestiu de Seleção Brasileira

Em 1983, o Bayern de Munique já havia vencido a Bundesliga 6 vezes e estava começando a construir a dinastia que dominaria o futebol alemão até hoje. Mas ainda havia algumas contas a acertar com certos adversários. Afinal, era difícil entender por que a poderosa equipe bávara tinha tantas dificuldades para vencer o modesto Kaiserslautern fora de casa. E, quem diria, o clube foi buscar inspiração no Brasil para quebrar um incômodo jejum contra o adversário.


A seca já durava oito jogos e oito anos. Naquele tempo, mesmo soberano na Alemanha, apesar das esporádicas ameaças de Borussia Mönchengladbach e Hamburgo, o Bayern seguia apanhando do Kaiserslautern. A última vitória havia acontecido no dia 3 de maio de 1975, com gol de Uli Hoeness, atual presidente do clube bávaro. Antes mesmo, as visitas ao temido estádio Betzenberg não eram prazerosas. Em 1973, os bávaros chegaram a estar vencendo por 4 a 1, mas levaram uma virada incrível no segundo tempo e perderam por 7 a 4.


Durante todo o período do jejum, o Bayern conseguiu, no máximo, dois empates. Por outro lado, amargou derrotas, algumas delas contundentes, como a goleada por 5 a 0 em 1978. Isso porque o rival não era necessariamente uma potência: a melhor colocação do Kaiserslautern naqueles tempos foi o terceiro lugar em 1978/79 e 1979/80.



A resignação, porém, já havia tomado conta do plantel de estrelas do Bayern, a ponto de os jogadores fecharem os olhos quando o ônibus que os levava passava por uma estátua de bronze na entrada do estádio adversário. O complexo era tão grande que fez Paul Breitner, um dos líderes do elenco, desabafar.


- É melhor enviarmos os pontos por correio para eles – disse o jogador, após a derrota por 2 a 0 em 1982.


Para combater o desânimo que dominava os jogadores do Bayern antes do duelo do dia 26 de novembro de 1983, a diretoria teve uma ideia diferente. Que tal vestir a equipe com o uniforme da seleção brasileira, uma das potências do mundo do futebol? Com a camisa canarinho e o short azul, o time, certamente, ganharia uma injeção de confiança. Pelo menos foi o que pensou o homem que até hoje dá as cartas no maior time da Alemanha.


- Foi Uli Hoeness (então diretor comercial, e atual presidente do clube) que teve a ideia. Ele tentou algo fora do comum para que finalmente pudéssemos vencer em Betzenberg – lembrou Norbert Nachtweih, meio-campista do Bayern, que esteve presente naquela partida.



De fato, o ambiente no estádio do Kaiserslautern era bastante hostil, a ponto de ganhar o apelido de Inferno, o que garantiu ao time da casa a alcunha de Diabos Vermelhos. Os nomes agressivos se traduziam no estilo de jogo da equipe.


- O estádio ficava no topo de uma pequena montanha na cidade. O Kaiserslautern era conhecido por ser uma equipe muito agressiva, com jogadores muito fortes, como Hans-Peter Briegel. Para todos os times era difícil vencer o Kaiserslautern lá. O time da casa venceu muitos jogos nos últimos minutos ou nos acréscimos. A equipe era realmente empurrada pelo público – disse Hartwig Hasselbruch, jornalista da revista “Kicker”.


Com o objetivo de, enfim, quebrar a escrita, o Bayern adotou um clima de mistério para surpreender o adversário na hora certa.


- Nós só trocamos o uniforme após o aquecimento, para surpreender todo mundo e entrar com uma mentalidade vencedora. Isso nos deu confiança – contou o meia Soren Lerby, outro presente ao duelo.


Nachtweih lembra que os jogadores encararam com bom humor a ideia de Hoeness. Para acabar com o jejum, qualquer mudança era válida.


- Nós pensamos: “Ok, algo novo. Vamos tentar ver se funciona”. E funcionou – contou.


Assim, na hora de entrar em campo, lá estava o Bayern de camisa amarela, com detalhes verdes, e calções azuis. O Kaiserslautern ainda tentou contra-atacar, utilizando um uniforme todo verde, pouco usual, mas a sorte estava mesmo com a camisa “brasileira” do Bayern. No primeiro tempo, o goleiro Jean-Marie Pfaff defendeu um pênalti do zagueiro Andreas Brehme, grande destaque do Kaiserslautern. O arqueiro ainda se destacaria com outras boas defesas. No fim do duelo, os atletas correram direto para saudar Pfaff como herói do triunfo.


Fazendo jus à tensão da partida e do clima de guerra, os jogadores não economizaram nos lances mais ríspidos. O Kaiserslautern ainda reclamou de um outro pênalti, não marcado pelo juiz. Na segunda etapa, veio a redenção do Bayern: o defensor Klaus Augenthaler, numa cobrança de falta, contou com o desvio da barreira para marcar o gol da vitória dos bávaros e pôr fim ao tabu.


- Os torcedores ficaram muito felizes com a vitória, nem se importaram com a camisa diferente. Normalmente, naquele tempo, o Bayern jogava de branco quando enfrentava o Kaiserslautern fora de casa. A imprensa, por sua vez, ressaltou a superstição no futebol – afirmou Hasselbruch.


Apesar de conseguir acabar com o jejum, o Bayern não conseguiu conquistar o Campeonato Alemão naquela temporada. O time ficou na quarta colocação, enquanto o Kaiserslautern, que vinha de boas campanhas, também teve um desempenho abaixo do esperado e terminou na 12ª posição.




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