“Antes de Pelé, era um número qualquer.” É assim que o Rei define o número que ficou marcado para sempre no esporte. Na Copa de 1958, um garoto de 17 anos, com o 10 nas costas, encantou o planeta e deu o primeiro título mundial ao Brasil. Era o início da coroação de um Rei.
Primeira vez com a 10 - 1957
Ainda na reserva, Pelé estreou em um amistoso do Santos contra o Corinthians de Santo André em setembro de 1956. Ele entrou no segundo tempo, substituindo Del Vecchio. O titular da posição era Vasconcelos, que usou a 10 até dezembro daquele ano, quando fraturou a perna após uma disputa com o zagueiro Mauro, do São Paulo. No mês seguinte, contra o AIK, da Suécia, Pelé entrou em campo pela primeira vez com o número que se tornou sua marca.
Primeiro título mundial - 1958
Segundo relatos, houve um atraso na entrega da numeração oficial de cada jogador da Seleção para a Fifa antes da Copa de 1958. Com isso, os números foram “sorteados” entre os jogadores e, mais uma vez, o destino quis que Pelé vestisse a camisa 10. Aos 17 anos, ele liderou o Brasil na conquista do primeiro mundial, marcando seis gols no torneio e encantando o planeta.
Campeão mundial com o Santos - 1962
A final da Copa Intercontinental de 1962 começou no Maracanã. O Santos venceu o primeiro jogo contra o Benfica por 3 a 2 e foi para Lisboa disputar o segundo. Chegando lá, o time foi recebido com provocações de uma torcida que já declarava o time português campeão. Instigados, os santistas venceram por 5 a 2 na partida que Pelé disse algumas vezes considerar a melhor de sua carreira.
Encontro com a Rainha - 1968
Em sua única passagem pelo Brasil, a Rainha Elizabeth II esteve no Maracanã em novembro de 1968 e assistiu a um amistoso entre as seleções das federações paulista e carioca. O time de São Paulo venceu por 3 a 1, com um gol do Rei. Após a partida, Pelé recebeu um troféu das mãos da monarca britânica.
Milésimo gol - 1969
O jogo era no Maracanã, contra o Vasco da Gama, pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa (equivalente ao Brasileirão), com todos os olhos e câmeras apontadas para ele. Aos 29 anos, Pelé conseguiu um feito histórico no futebol e marcou seu milésimo gol após cobrar um pênalti contra o goleiro Andrada. Naquele momento, o Rei correu para pegar a bola dentro do gol e foi carregado pelos companheiros para receber a saudação dos súditos.
Tricampeonato mundial - 1970
A última Copa do Rei não poderia ter um desfecho simples. O número 10 estampado atrás da amarelinha foi exibido em cores para o mundo pela primeira vez. Com quatro gols e seis assistências, Pelé liderou o Brasil na conquista do tricampeonato no México. Era a consagração do futebol brasileiro como o maior vitorioso do torneio. Ficava eternizada a imagem do maior jogador de todos os tempos erguendo a Jules Rimet.
Despedida do Santos - 1974
Em outubro de 1974, aos 20 minutos do primeiro tempo do jogo contra a Ponte Preta, Pelé pegou a bola, ajoelhou-se e chorou no centro do gramado do estádio Urbano Caldeira. Depois de 18 anos, ele se despedia do Alvinegro que o consagrou e fazia passar um filme na cabeça de milhões de torcedores que acompanharam sua trajetória vitoriosa no clube.
Estreia no New York Cosmos - 1975
Desde a sua criação, em 1970, o New York Cosmos tentava contratar Pelé. Pelo altíssimo salário à época de 1.4 milhão de dólares anuais, o time americano finalmente conseguiu ter o Rei em seu elenco em 1975. Seu primeiro jogo pelo novo time foi em Manhattan, contra o Dallas Tornado. A partida terminou 2 a 2, com um gol e uma assistência do brasileiro.
Última partida oficial - 1977
O último jogo oficial de Pelé foi na final da NASL, contra o Seattle Sounders em agosto de 1977. O time do Rei venceu a partida por 2 a 1 e foi campeão naquele ano com um time que contava também com o capitão do Tri, Carlos Alberto, e o alemão Franz Beckenbauer, campeão da Copa de 1974. O Cosmos encerrou suas atividades em 1985 com cinco títulos da liga americana.
50 anos de Pelé - 1990
Para comemorar os 50 anos do Rei, a CBF organizou em 1990 um jogo amistoso entre Brasil e o Combinado do Resto do Mundo. Pelé jogou por 43 minutos usando, pela primeira vez, a camisa da Seleção que carregava o escudo modificado em 1982, com as três estrelas e a Taça Jules Rimet, que ele mesmo ajudou a conquistar. Quem entrou em seu lugar foi Neto, que, de falta, marcou o único gol da Seleção naquele jogo. Os adversários, que contavam com nomes como Sergio Goycochea, Carlo Ancelotti e Marco Van Basten, fizeram dois gols e venceram a partida.
Bônus “Fuga para a Vitória” - 1981
No cinema, o Rei vestiu a camisa 10 no filme “Fuga para a Vitória”, lançado em 1981 e dirigido por John Houston. A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, na França ocupada pelos nazistas. Um dos grandes momentos do filme é uma partida de futebol, e Pelé representa um dos prisioneiros que jogam contra o time de soldados alemães. Quem atuava como goleiro de seu time era o astro Sylvester Stallone, que, durante as preparações das filmagens, teve um dedo da mão quebrado ao tentar defender um chute de Pelé.



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