O designer inglês Angelo Trofa
desenvolveu um projeto pessoal para criação de novos uniformes para a seleção boliviana de futebol. A seleção participou três vezes da Copa do Mundo
(1930, 1950 e 1994) e seu principal título foi a conquista da Copa
América em 1963.
Com o uniforme titular não houve problemas, pois foi criado com base nas cores da bandeira da Bolívia, sendo a camisa verde com listras em branco e calções e meias vermelhas.
O que seria uma homenagem ao país, acabou se tornando um grande problema e gerou até ameaças de morte. Ao invés do verde, vermelho e branco tradicional, Angelo resolveu ousar e optou pelas sete cores do arco-íris da bandeira Wiphala, de origem andina, que representa a enorme população indígena (quase 60%) da Bolívia.
A maior parte dos torcedores, contudo, desaprovou o desenho. As redes sociais de Trofa foram, então, inundadas de ofensas. “Eu não esperava que fosse causar uma indignação tão grande”, afirmou o designer. "É apenas o desenho de um uniforme de futebol.
"Bolivianos que não são indígenas discordam desta bandeira e não querem estar relacionados com ela", afirmou o britânico para a BBC, e acrescentou: "Pelas minhas pesquisas até esperava uma reação negativa, mas não tão grande e exagerada como aconteceram nas redes sociais."
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